Rota dos barrocais de Montesinho

A rota atravessa o Parque Natural de Montesinho que se estende ao longo da fronteira nordeste com Espanha, sendo um dos maiores de Portugal. Localizado a norte dos concelhos de Bragança e Vinhais, na região de Trás-os-Montes, a base orográfica desta zona é composta por dois maciços montanhosos, a Serra da Coroa a Oeste e a Serra de Montesinhos a Este, que dá o seu nome ao parque e onde se encontra a aldeia com o mesmo nome, a partir da qual se inicia e termina a rota.

Com uma extensão de cerca de 75.000 hectares, o parque preserva, desde 1979, um significativo património etnográfico e natural. Na rica biodiversidade, botânica e faunística, que alberga cerca de 240 espécies de vertebrados, incluindo lobos, raposas, corços, javalis e veados.

O percurso oferece uma paisagem de montanha com horizontes amplos, marcada por afloramentos de granito com forma arredondada que emergem entre a cobertura de urzes, giestas e tojos. Blocos de granito arredondados devem a sua forma à erosão causada pela água e pelo vento, que dão à paisagem uma das suas características principais nesta zona, uma vez que se atinge a altitude mais alta do percurso, na zona das presas ou barragens que acumulam a água que segue pelo canal que corre paralelamente ao longo do resto do trajeto.

A rota começa na localidade de Montesinho, a de maior altitude (1.020 m) da Terra Fria Transmontana. Nesta localidade destaca-se a igreja consagrada a Santo António, do século XVII, e preserva também uma grande quantidade de casas com o estilo arquitetónico típico de montanha com paredes de granito ou xisto e telhados de ardósia. O conjunto confere-lhe a denominação de aldeia preservada e, como a maioria das localidades da zona, encontra-se muito bem integrada na paisagem.

Misturadas entre as construções da aldeia podem-se ver hortas, terrenos de cultivo e alguns castanheiros enormes, cuja flor é símbolo do parque natural, para lá do núcleo populacional estende-se um mosaico agroflorestal no fundo do vale, característico do uso tradicional do ambiente condicionado pela altitude.

Saindo de Montesinho, o caminho sobe pelo vale do Ribeiro de Vilar, entre manchas de bosque de carvalho-negral, e entre freixos e amieiros nas margens da ribeira. Uma subida com sombra permite alcançar facilmente o traçado de um trilho amplo que continua a subir suavemente até alcançar caminhos, albufeiras ou barragens de água sobre a ribeira de Sabresa, seguindo quase paralelamente ao canal que leva a água de ambos os reservatórios para o salto entubado junto do qual o ziguezage do caminho permite descer novamente até à aldeia.

Recomendações

A rota decorre, à exceção da sua primeira secção, por zonas expostas ao sol, pelo que é recomendável precaver-se de proteção e abastecimento de água. Inclui aproximadamente 1 km de descida íngreme, entre 8 e 21 % dependendo dos troços, ao longo de um caminho em ziguezage que facilita a descida, mas em que, a água que escoa pode criar zonas de lama escorregadias. Também deve ser evitada a aproximação à casa das máquinas ao pé do salto entubado de forma a evitar qualquer risco elétrico.

Este percurso, atravessa áreas protegidas (Parque Natural de Montesinho, REN e RAN) pelo que deverão ser respeitadas as restrições estabelecidas no ordenamento destes espaços. Coincide em parte com o troço do PR3 Porto Furado.

Tipo de circuito
Circular
Dificuldade
Média
Distância
10,97 Kms
Δ Altitude
0 Mtrs
MIDE

Perfis