A festa dos Reis ou dos rapazes de Baçal celebrava-se no dia de Reis, 6 de janeiro. Por motivos laborais, foi transferida para o fim de semana mais próximo.
Os principais personagens da festa são os rapazes, liderados pelos mordomos e acompanhados pela música da gaita-de-foles. Os mordomos usam um chapéu enfeitado com fitas coloridas. Os rapazes mascaram-se de caretos, vestem trajes confecionados com lã e fitas coloridas. Levam também chocalhos e campainhas a tiracolo e à cintura. As máscaras tradicionais são feitas de latão, contudo, hoje em dia, estão a ser usados novos materiais, como a palha, a casca de silva, a cortiça e o vime.
As celebrações iniciam-se com a “Ronda das Chouriças” e refeições conjuntas no sábado. Domingo, dia principal das festividades, os rituais iniciam-se bem cedo ao som da gaita de foles. De tarde, acontece o ritual da crítica social ou “colóquios”, o ritual mais simbólico das festividades. Este ritual é realizado no centro da aldeia e assistido por toda a população. As críticas são feitas numa espécie de quadra a que os caretos aplaudem sempre que termina. Enquanto decorre o ritual, vão fazendo brincadeiras com a população.