Celebra-se no dia 26 de dezembro e as personagens principais são: três “Talanqueira”, várias “bisparras”, dois “Cegos”, o “Frade”, o “Alcalde” da Bisparra, a “Filandorra”, dois “moços” e dois “morenos”.
Atualmente a mascarada inicia-se na ermida de Nossa Senhora das Graças e faz um percurso pela aldeia, fazendo paragens em determinadas casas para pedir donativos.
“A campana tañida”, começa a sua atuação com uma ordem estabelecida: primeiro vai o Frade escoltado pelos morenos, seguem-se os dois cegos, unidos por um pau e atrás, a sua inimiga, a “Filandorra”, as três “talanqueiras”, que perseguem as raparigas e os moradores, o séquito de “bisparros”, que fazem muito barulho, os rapazes com o “garabito” e a cesta. Os músicos encerram o cortejo.
Nas escadas exteriores da igreja ou na torre do campanário, o Frade lê os “casamentos”, versos divertidos, alusivos a todos os rapazes ou raparigas.
Quando todos se reúnem na praça, a “Filandorra” pega fogo às palhas das costas dos cegos que se revolvem de forma alegre. Terminam o percurso em frente ao salão de festas onde, previamente, foi construído um cego de palha para ser queimado. Este ato simboliza a extinção dos males. Depois, todos comem biscoitos e chocolate.
No dia seguinte, reúnem-se todos para uma refeição comunitária, feita com os produtos recebidos no peditório.
